Desde o começo do ano, diversos materiais de construção tiveram aumentos expressivos. As consequências da alta nos preços foram sentidas não apenas pelas grandes empresas do setor de construção civil, mas também pelas pessoas comuns que planejavam pequenas reformas.
Boa parte desse cenário se explica pela pandemia, sem dúvida. Cimento e aço, por exemplo, tiveram a produção interrompida em meados de março e, mesmo com a retomada das atividades, o patamar produtivo anterior ainda não foi alcançado.
Para agravar a situação, houve um aumento significativo da demanda por esses produtos, uma vez que a construção civil foi considerada atividade essencial durante a pandemia. Ainda assim, com a diminuição do ritmo de setores da indústria, os preços continuaram subindo, o que fez com que materiais como cimento, aço, PVC, fios e até tijolos faltassem em lojas.
Diante disso tudo, o que fazer?
Se você quer reformar sua casa ou pensa em construir uma nova, a primeira pergunta que você deve fazer, nesse momento, é sobre a necessidade. Isso porque a alta dos preços não se viu acompanhada de um aumento de renda permanente dos consumidores, que para concluir uma obra precisarão gastar mais do que no ano passado, por exemplo.
Por isso, a recomendação mais segura, no caso de reformas e construções não urgentes, é esperar um pouco até que o mercado caminhe no sentido de uma estabilização, ao menos no que diz respeito ao abastecimento de materiais nas lojas. Ou então optar por fazer a obra em etapas, assim você reduz sua exposição e pode ir comprando os materiais ao longo dos meses.
Já no caso de construtoras, principalmente as pequenas e médias, que sentem ainda mais os impactos desse cenário, uma possibilidade é antecipar as compras, planejando as obras com uma antecedência mínima de 20 dias. Essa é uma alternativa para lidar com a crise de reabastecimento, o que ainda não garante que não haverá atrasos na entrega.
Em todos os casos, está mais do que na hora de mexer as pernas para aprender a encontrar os melhores preços. Ou melhor, nem sempre será preciso mexer as pernas. Compare preços, condições de pagamento e disponibilidade pela internet – e fique de olho nos saldões. E é claro: saiba calcular a quantidade de materiais e evite desperdícios.
Sempre que falamos de alta de preços, em praticamente qualquer setor, nunca se trata de uma questão fácil. Não existe um jeito de “driblar” o problema, por isso é importante tomar decisões com cautela, calculando os riscos a médio e a longo prazo.
Entenda se sua reforma ou construção é necessária e se pode ser feita em etapas, pesquise muito, negocie preços e condições de pagamento e, se possível, antecipe as compras.
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